sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Relato de Crhistieane Chrischner

Recordando a infância

Minhas primeiras experiências com a leitura foi com minha mãe, ela adorava contar historinhas e ajudava nas redações no ensino primário. Os livros infantis também marcaram a minha infância. A coleção Vaga-Lume e principalmente o livro que me recordo com saudade é a Ilha Perdida, li várias vezes o mesmo livro e até dava a impressão que aquelas crianças já faziam parte da minha vida!
Também me recordo da adorada professora Dona Marise na 4ª série, ela contava histórias, cantávamos antes de entrar na sala, e participava de coral, jogral e recitativos nas comemorações cívicas. No ginásio com o professor Eurico que ministrava aula de Língua Portuguesa e Inglês ele solicitava para que cada aluno fizesse a leitura dos textos em voz alta e tinha até um caderno de Redação, ele cobrava, vistava os cadernos e atividades. Ai de quem não fizesse a tarefa !!!! Essa cobrança foi excelente!
No colegial o professor de Geografia Clemente, durante suas explicações sempre citava livros para lê-los, eu anotava e corria à biblioteca da escola, se estivesse disponível já retirava.
Fico feliz por ter tido a oportunidade de ler a todo o momento de minha vida. Sou professora de Matemática, quando estava na sala de aula sempre gostava de conversar sobre a importância da leitura e incentivar os alunos a ler.Uma experiência para mim sucedida - lecionando para uma 6ª série no início de 2012, fiz a" propaganda" do livro -Uma Professora Muito Maluquinha, interessante que o livro era meu e a maioria dos estudantes pediram emprestado, orientei que a aluna representante anotasse os nomes dos alunos que desejassem conhecer a história. A maioria dos alunos leram o livro e relatava no início da aula os trechos que acharam interessante.

Relato de Carlos Alberto

Minhas experiências com a Leitura e Escrita


     Eu havia terminado a Faculdade de Biologia, trabalhava em uma empresa de consórcio, á noite as horas pareciam longas e na TV as notícias não eram nadas animadoras. Um pouco órfão da vida acadêmica que vivi nos últimos oito anos do período noturno, numa noite chuvosa sentindo-me entediado, fui tentado a ler alguma coisa. Busquei entre vários títulos que possuía em minha casa, e deparei com “São Bernardo” de Graciliano Ramos, comecei a ler, nem dei conta do avançar das horas. Pela manhã fiquei tentado a leitura de algumas páginas antes de sair para o trabalho, não me reconheci até então, foi quando percebi que havia me envolvido pela história e a forma com que o autor tratava esse drama social do início do século vinte. Todos os livros que li até então, eram por obrigação de um professor que trabalhava cobranças em provas ou fichamentos. Sentia-me desmotivado, pois não era algo que me deixasse satisfeito, mas lia-os e passava por eles! Ao ler “São Bernardo” de Graciliano Ramos despertou o meu interesse pela leitura. Como dito por Antônio Candido, 2004 (modificado) “A literatura desenvolveu em mim a quota de humanidade na medida em que me tornei mais compreensivo e aberto para a natureza, a sociedade e o semelhante.”

Relato Eizete Ponsi

É muito interessante esse processo de buscar lembranças sobre nossas experiências com a leitura. Quando busco essa lembrança sinto uma imensa saudade da infância, quando ainda criança quando podia ler sem pensar em mais nada. Tive muitos incentivos para gostar da leitura. Mas não esqueço de um momento em especial e engraçado, quando tentei ler meu primeiro gibi, eu ainda não conseguia juntar as sílabas, porém queria muito ler um história da Mônica com se cachorrinho Banzé. Sentei ao lado do meu pai e comecei minha leitura me sentido a pessoa mais importante do mundo, e naquele momento para meu pai eu era, em estar lendo uma história para alguém e esse alguém era meu pai. E então quando tento ler o título da HQ tudo parece muito difícil, o nome da história era As Aventuras de Banzé, li soletrando a primeira parte “As Aventuras de” quando chegou no nome do cachorro, Banzé, engasguei, então para fazer bonito para meu pai corri até minha e lhe perguntei, mãe como que leio quando tem um ban e um Zé. Hoje percebo que meu pai e minha mãe sentiram uma enorme vontade rir, porém com muito carinho e me disse ao ouvido é “Banzé”. E assim fui lendo a história, mas a minha história com a leitura começa aí e meus pais, quando fiquei maior, adoravam contá-la aos amigos.

Relato Janaína


Ao ler os depoimentos de algumas personalidades sobre o que pensam sobre leitura e escrita me identifiquei com muitos deles, ressalto o exemplo da Danuza Leão que diz ler até bulas de remédios e morro de inveja quando ela cita as personalidades no qual teve convívio como Rubem Braga e Vinícius de Moraes. Como escrevi no fórum anterior no ensino fundamental tive uma professora que fascinou quando se tratava de leitura, ela além de declamar poesias em suas aulas, sempre indicava um livro por mês para leitura (tínhamos prova do Livro), recordo-me que o meu primeiro livro foi o Menino de dedo Verde e depois boa parte da literatura como Machado de Assis, José de Alencar, toda série Vaga Lume e por aí vai! Às vezes fico refletindo que gostaria de começar a lista tudo que já li, mas a memória anda falhando. No Núcleo Pedagógico é muito corrido com a rotina do dia a dia e normalmente as leituras são sempre norteadas para algo pontual. Amo ler! Identifico-me com JC Viola que disse em seu depoimento “Ela ajuda a concentração, me leva para dentro, me acalma e alimenta espiritualmente.

RELATO - PAULO

Tenho muita saudade da professora Lindaura e saudade da cartilha"Caminho Suave" que em 1995,Caminho Suave foi retirada do catálogo do Ministério da Educação,(portanto não é mais avaliada)em favor da alfabetização baseada no construtivismo.A leitura colaborativa é uma atividade em que o professor lê um texto com a classe e,durante a leitura, questiona os alunos sobre as pistas linguísticas que possibilitam a atribuição de determinados sentidos.Trata-se, portanto, de uma excelente estratégia didática para o trabalho de formação de leitores.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013




     Minha história, meu crescimento ... A leitura

Nasci em Tatuapé na Cidade de São Paulo, em 8 de março de 1981, iniciei os estudos, a minha grande paixão, em uma pré escola no Bairro dos Barnabés Município de Juquitiba e Estado de São Paulo, onde tive duas professoras, a professora Dulce e a professora Olinda,eu à admirava por sua beleza e pelo carinho que ela tinha pelos alunos; na pré escola já aprendi a ler e a escrever, sempre tive muita facilidade, meus pais me ensinavam em casa também .

No ano seguinte frequentei a 1ª série, não me recordo do 1º dia de aula, mas tenho uma lembrança que nunca vou esquecer foi em uma aula de leitura, a professora Maria Helena, deu um tapa em minha face, só porque eu fiz uma pergunta sobre o livro que eu estava lendo, chorei muito e não contei para minha mãe com medo dela não acreditar em mim, e até hoje não entendo porque a professora me bateu.

Outro fato marcante também na 1ª série, foi quando o Diretor da escola, mandou eu voltar para casa, só porque eu não estava com a camiseta do uniforme, me lembro que estava com o agasalho e só faltava a camiseta; tentei explicar para ele que estava molhada e ele nem sequer ouviu; todos da escola foram contra ele, não permitindo que ele me mandasse para casa.

Na segunda e na terceira série estudei com a professora Lúcia, que era muita dedicada ao trabalho e sempre ensinou muito bem, lembro que toda a semana ela trabalhava leitura trazendo diversos livros, para lermos ; anos depois tive a oportunidade de trabalhar com ela , onde ela era minha coordenadora pedagógica.

Na quarta série tive um professor que marcou muito, o nome dele era João, eu adorava aquele professor, ele tinha um carinho especial pelos alunos, tratava a todos como filhos e ensinava como ninguém; ele sempre trazia uma história diferente para contar, e também nos proporcionava momentos de leitura , onde após a leitura todos contavam as histórias que liam.

No ensino Fundamental II , tive a oportunidade de ter o contato com vários livros ,e li o Mistério do cinco estrelas, onde tínhamos que fazer o resumo do livro e uma prova sobre o mesmo, à partir da leitura desse livro, comecei a ler outros da mesma série ( Vaga Lume), pois no livro havia a divulgação dos demais livros da série, que me fez interessar pelos mesmos,e li também : A ilha perdida, A turma da rua quinze, Éramos seis, O escaravelho do diabo, O rapto do menino de ouro, Sozinha no mundo e Um cadáver ouve rádio.Me recordo também que na firma que meu pai trabalhava tinha uma série de livros que ficavam guardados e sempre que eu tinha oportunidade os manuseava, eram livros das diversa disciplinas, mas um que este bem claro na minha memória é sobre a história de Arquimedes, nessa época estudava ainda as seres iniciais do ensino fundamental.

No Ensino Médio também li diversos livros e sempre gostei muito de suspense e viajava nos livros de Sidney Sheldon.

Estudei sempre em escola pública meus pais me apoiavam e me incentivavam em meus estudos e exigiam o máximo; minha mãe sempre me levava e buscava na escola, andava quilômetros a pé, nunca me esqueço de sua dedicação e agradeço à ela até hoje; ela e meu pais sempre tiveram orgulho de ir nas reuniões escolares, pois sempre ouviam elogios sobre minhas notas.

Sempre fui muito estudiosa e dedicada e morria de vergonha de tirar notas baixas; a única série que tive um pouco de dificuldade, foi a sétima, onde precisei fazer reforço em matemática, mas logo me recuperei, e só me interessei mesmo por matemática no último ano do ensino médio, onde tive uma excelente professora que tinha amor pelo que fazia, ensina com dedicação e explicava quantas vezes fosse necessário, nunca vou me esquecer da professora Elisete.

Tive professores maravilhosos, da mesma forma que tive professores péssimos, hoje considerados por mim maus profissionais, que nem sequer liam os trabalhos dos alunos, dando apenas um “vistinho” e os devolvia.

Um professor que considero o melhor, era o professor de geografia, José Delfino, como as aulas desse professor eram maravilhosas, todos ficavam ansiosos pela sua chegada, ele ensinava brincando, aprender mapas com ele ou qualquer outra coisa, era a tarefa mais fácil que existia, ele ilustrava, contava história, cantava músicas, não tinha quem não gostasse das aulas dele; anos depois tive a oportunidade de lecionar na mesma escola que ele.

Fiz faculdade de Ciências com habilitação em matemática Assim que iniciei a faculdade no ano de 1999, já comecei a lecionar como professora eventual ,e nunca me esqueço do primeiro dia , foi exatamente no dia 1º de abril de 1999, na Escola Professor Porcino Rodrigues, a primeira sala que entrei era um 1º ano do Ensino Médio; os alunos me confundiram com aluna, mas logo assumi minha postura e os conquistei;nessa época trabalhava a leitura da revista” fala garota fala garoto”, sobre orientação sexual , onde tinha um momento em que os alunos liam e depois fazíamos um debate sobre determinado assunto, tirando as dúvidas que surgiam no momento ;sempre tive facilidade em trabalhar com adolescentes; trabalhei em várias escolas e adquiri muita experiência, aprendi muito com cada uma delas; decidi então ser coordenadora pedagógica, tentando por dois anos.

No ano de 2008 consegui,e após ter ouvido dois não, mas foi através de um não e muita leitura tive motivação para continuar; a diretora da última entrevista que fiz elogiou muito minha proposta de trabalho e disse que eu só não ficaria na escola, devido a escola ser muito grande e eu não ter nenhuma experiência, que não era para eu desistir , eu tinha muito potencial. Toda semana então eu acessava o site da diretoria de ensino de Itapecerica da Serra, até que surgiu uma vaga na Escola Maria André Schunck- Dona, localizada no Cipó em Embu Guaçu, levei então minha proposta de trabalho até a escola, achei longe, eram duas horas de viagem e pensei até em desistir, mas a vontade de ser coordenadora pedagógica era mais forte que fui em frente, passei pela entrevista, concorri a vaga com mais uma professora e graças a Deus minha proposta de trabalho foi a escolhida. Mudei então para perto da escola e no mesmo ano conheci meu marido e me casei; um ano e três meses depois tive meu filho Arthur, que hoje é a minha vida.

Fiquei três anos na coordenação pedagógica e a tinha como minha família; nas ATPCs trabalhei muito com a leitura compartilhada, , buscando sempre caminhos para desenvolver as potencialidades dos professores.

Atualmente atuo como PCNP de Matemática, e acredito que só cheguei até aqui, porque a leitura faz parte do meu mundo; quando eu recebi dois não, percebi precisava estudar mais, e buscar conhecimentos e onde achei? Em livros é claro...